Por: LUZIA SANTOS
Três crianças, com idades entre cinco e oito anos, morreram afogadas em um açude no sítio Carnaúba na zona rural da cidade de Araruna. Segundo a polícia, uma quarta menina estaria na companhia das amigas e foi a única sobrevivente. A tragédia chocou os moradores da cidade que fica na região do Agreste paraibano, a cerca de 170 quilômetros da capital.
O afogamento aconteceu por volta das 16h da última quarta-feira. As crianças estavam brincando na margem do açude Carnaúba enquanto a mãe de uma delas pescava para conseguir alimento para a família. Em um momento de descuido, as crianças teriam entrado na água e a mãe, que não teve o nome divulgado, percebeu o afogamento ao ouvir os gritos da menina mais velha pedindo por ajuda.
O delegado da cidade, Leonardo Formiga, foi até o local do afogamento. Ele acredita que as crianças estavam brincando agarradas uma na outra e quando submergiram não conseguiram voltar à tona. Na tragédia, morreram Lailson Bezerra Melo, de 5 anos, Angélica Raimundo da Costa, também de 5 anos, e Maria Érica Januário de Lima, 8 anos.
Moradores próximos ao açude ainda correram para socorrer as crianças, mas ao serem retiradas da água, elas já haviam engolido muito líquido. O delegado Leonardo Formiga informou que apesar do Corpo de Bombeiros de Guarabira ter sido acionado para pres-tar atendimento, o chamado foi cancelado. “Não havia o que fazer para salvar as crianças”, disse.
O clima de tristeza tomou conta dos moradores do sítio Carnaúba. As crianças não eram irmãs, elas tinham ido para a pescaria acompanhar a mãe de uma delas.
Peritos da Unidade de Medicina Legal (UML) de Guarabira levaram os corpos para serem necropsiados. O delegado instaurou inquérito policial e na próxima segunda-feira deverá ouvir as testemunhas e a mãe que acompanhava as crianças.
RISCOS
A tragédia em Araruna reve-la que os riscos de uma criança morrer afogada em ambientes com águas paradas são constantes. O comandante do Batalhão de Busca e Salvamento da capital, tenente-coronel Jobson Ferreira, alerta para o fato de que os acidentes em açudes podem acontecer em questão de segundos. “Uma criança pode estar brincando em uma área considerada rasa, mas basta um simples passo errado para cair em uma área funda e se afogar”, ressalta. Ele explica que em casos de crianças de até três anos, o afogamento pode acontecer até mesmo em áreas rasas.
A vegetação no fundo do açude dificulta a movimentação na água e o reconhecimento da profundidade do local onde se está tomando banho. O comandante Job-son ressalta que tanto em praias como em região de águas paradas, os pais devem ficar atentos à movimentação dos filhos e evitar que eles entrem na água desacompanhados.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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