quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PF prende acusados de tráfico e investiga conexão em 4 Estados

Por: JOÃO PAULO MEDEIROS


Uma operação conjunta entre o Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM) de Cajazeiras e a Polícia Federal (PF) de Patos, no Sertão, resultou na prisão de quatro pessoas acusadas de tráfico de drogas e associação ao tráfico, na noite da última terça-feira.
As prisões aconteceram nos municípios de Marizópolis e Cajazeiras. Com o quarteto, os policiais apreenderam 1,350 quilos de crack ainda embalados, balanças de precisão e aproximadamente R$ 8 mil. Um detalhe que chamou a atenção da polícia é que o tráfico acontecia entre os Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba e era comandado por um apenado de dentro do presídio regional de Cajazeiras.
Os dois primeiros homens detidos foram identificados como Antônio Sucupira Sobrinho, 31 anos, conhecido como ‘Toinho’, e ‘César Cabeção’. Segundo a polícia, os dois foram presos na BR-230, na saída de Marizópolis para a cidade de Cajazeiras, quando seguiam em um veículo Saveiro prata. Após a prisão, os acusados confessaram que a droga estava escondida dentro do painel do automóvel e seria entregue a um mototaxista conhecido como ‘César Mototaxis’, em um posto de combustíveis em Cajazeiras.
Ao chegarem no local indicado, os agentes federais e militares também prenderam o mototaxista, que informou ter sido contratado para fazer o transporte da droga até à residência de Joceane dos Santos Gomes, 27 anos, situada na rua Antônio Fernandes Silva, no bairro Vila Nova I, em Cajazeiras. De acordo com a Polícia Militar, ela é esposa do presidiário Elieudo Coelho da Silva, 29 anos, conhecido como ‘Nena’, que cumpre pena no presídio regional cajazeirense por tráfico de entorpecentes desde o ano passado.
A droga, conforme a Polícia Federal, teria sido encomendada pelo detento do interior do presídio e seria distribuída com traficantes na região sertaneja. O material apreendido, de acordo com o Serviço de Inteligência da PM, estaria avaliado em R$ 19 mil, mas depois de ser preparado daria para apurar até R$ 80 mil em pedras de crack, com o acréscimo de outras substâncias. A mulher do presidiário ficaria responsável pela comercialização do material.
CONEXÕES
No entanto, de acordo com os agentes federais, a prisão também revelou indícios da existência de uma rede de comercialização de entorpecentes que teria a participação de apenados que cumprem pena nos presídios paraibanos com conexões com detentos dos Estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Há suspeitas de que a droga apreendida, conforme a polícia, tenha partido sob a ordem de apenados potiguares.
“Ainda deveremos cumprir mandados de prisão e pelo que se apresenta eram ações interestaduais, com as diretivas que partiam dos presídios. Os presos trocam informações entre si sobre os crimes e esses contatos servem para planejar as ações”, contou o delegado chefe da Polícia Federal de Patos, Francisco Martins.
As prisões realizadas partiram de uma denúncia anônima, feita por um morador de Marizópolis, informando à polícia de que os dois primeiros acusados iriam fazer a entrega do entorpecente. De acordo com as investigações da PF, o crack havia sido comprado em Alexandria, no Rio Grande do Norte.

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