09.03.10 - 6:51
À secção da Paraíba da Ordem dos Advogados do Brasil compete apenas cumprir a determinação do Conselho Nacional de cancelar a segunda etapa do Exame Nacional da entidade. A explicação é do presidente da OAB-PB, Odon Bezerra.
Ele observou que o exame não foi totalmente anulado, mas apenas a segunda etapa, depois de um candidato de Osasco, São Paulo, ter sido flagrado com as questões de direito penal. Os candidatos não terão qualquer custo para fazer novamente a etapa cancelada do Exame, que já está marcada para o dia 11 de abril.
O presidente da OAB da Paraíba participou no domingo do Conselho Nacinal, que depois de uma reunião muito concorrida e conturbada resolveu suspender a segunda etapa do Exame.
Odon Bezerra foi entrevistado pelo Portal Correio a propósito de queixa de um leitor, mandada por e-mail, questionando a decisão do Conselho Nacional.
A mensagem de protesto é a seguinte:
"EXAME DA OAB, UMA VERGONHA NACIONAL
Meu caro Rubens Nóbrega, gostaria de aproveitar o espaço de sua preciosa coluna para como cidadão e candidato do último exame da oab, protestar com a absurda decisão da entidade de simplesmente anular o certame depois de um candidato em Osasco ter sido flagrado com as questões de direito penal. Pois bem, o conselho se reuniu no domingo (07/03) para simplesmente anular o exame nacional. È muito cômodo esta decisão, devemos então nos indagar: como ficam os outros candidatos (ai me incluo), que estudaram bastante, gastaram dinheiro, tempo e dedicação? Qual a punição dada ao CESP/UNB? Como este dito candidato conseguiu ter acesso às questões? O que é feito com os milhões arrecadados em todo país só com as inscrições? Não venham me dizer que é para compensar os custos, porque a receita, acredito ser bem superiores. Porque o CESP/UNB há muito, detém a exclusividade na aplicação do exame? Na verdade, o que deixa transparecer, é que existe um conluio entre alguns facínoras da OAB com outros do CESP, porque esta instituição não tem mais condições nenhuma de estar aplicando qualquer tipo de concurso em nosso país. Há bem pouco tempo, a Polícia Federal flagrou um diretor da referida entidade, cobrando de 20 a 30 mil reais para classificar candidatos que nem se quer eram aprovados. A OAB que se intitula como uma instituição moralizadora, foi muito, muito infeliz na sua decisão, prejudicando a maioria dos candidatos, que com garra, decência e ética, prestaram o exame. Infelizmente, o nosso judiciário parece temer a OAB, pois não adianta um MS ou qualquer outro remédio para barrar a prepotência e arrogância da Ordem dos Advogados do Brasil. Para mim, o exame de ordem tornou-se simplesmente um comércio, uma vergonha nacional.
MARCO AURÉLIO FEITOSA
Campina Grande (PB)"
Wellington Farias
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