quarta-feira, 24 de março de 2010

Campina terá Centro de Referência da Mulher para registrar e combater a violência



A cidade de Campina Grande vai ganhar em breve um Centro de Referência da Mulher, que servirá para o registro de denúncias e envolverá vários segmentos da sociedade no combate a violência contra as mulheres em todo o Estado. Este foi um dos itens da reunião da tarde desta terça-feira (23) no auditório do Ipsem, entre a Gerente de Políticas Públicas para a Mulher na Paraíba, Doraci Vieira, a Secretária de Interiorização da Ação do Governo do Estado, Ana Cláudia Nóbrega, a coordenadora da Comissão de Defesa da Mulher, Ana Cleide Rotondano, e diversos setores, entre eles o Ministério Público, a OAB o Cendac, entre outros.

O anúncio da instalação do Centro de Referência da Mulher foi feito depois da garantia de um convênio firmado entre o Governo do Estado e o Governo Federal, no valor de R$ 1 milhão e meio, recentemente. “A Paraíba não tinha nada de recurso neste sentido, mas ele já está garantido e agora as mulheres serão todas beneficiadas e poderão ter mais assistência, segurança e apoio para resolver seus problemas”, comentou Doraci Vieira.

Órgãos como o Ministério Público, a OAB, os postos do PSF, os hospitais, as delegacias e outros setores irão compor uma verdadeira rede de acompanhamento de todos os casos de violência contra a mulher, que terá assim condições de denunciar seus agressores e receber em troca apoio para iniciar uma nova vida. Segundo disse Doraci Vieira, a criação do Centro de Referência da Mulher é mais um compromisso do Governo do Estado com relação às políticas públicas de combate a violência contra a mulher.

A secretária de Interiorização da Ação do Governo, Ana Cláudia, destacou, por outro lado, que além da criação do Centro de Referência da Mulher, é importante também que a cidade ganhe a Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulher, cujo projeto já está na Câmara de Vereadores esperando aprovação desde que foi enviado pelo prefeito Veneziano Vital do Rêgo, em novembro do ano passado. “Tomei conhecimento que os vereadores Olimpio Oliveira e Fernando Carvalho fizeram pronunciamentos na Câmara em defesa da criação da coordenadoria, mas é preciso também que os vereadores que fazem oposição ao prefeito atentem para a importância da questão e votem favorável a matéria para a cidade não continue a ser prejudicada”, disse Ana Cláudia.

Ela disse que é preciso unir forças e formar uma rede integrada de ações para combater a violência contra as mulheres, já que Campina Grande ainda é uma das cidades citadas com alto índice de agressões. Na Paraíba 41 municípios já assinaram o pacto de não violência contra a mulher e nove cidades já criaram organismos neste sentindo, sendo Campina Grande a 10ª, com o Centro de Referência a ser implantado em breve.

Os números da violência hoje mostram que apesar do ainda crescente registro de casos, muitos homens já mudaram seu comportamento e conseguiram reconstruir suas famílias e muitas mulheres que antes tinham medo de denunciar agressões agora buscam apoio nos organismos que as defendem e as apóiam. “É preciso fazer um grande mutirão pela reconstrução da paz”, disse Doraci Vieira, informando ainda que além das delegacias, do Ministério Público e outros órgãos, existe o disque denúncia nacional com o número 180, que pode ser ligado 24 horas por dia de qualquer telefone, inclusive celular. “Ninguém gosta de apanhar ou sofrer. A mulher deve procurar ajuda e saber que não está sozinha”, completou Doraci.

Redação iParaíba com Secom

Nenhum comentário:

Postar um comentário