sexta-feira, 19 de março de 2010

Trabalhadores da construção civil permanecem em greve até julgamento no TRT


Trabalhadores da construção civil permanecem em greve até julgamento no TRT
Quinta, 18 de Março de 2010 18h25
Por Juliana Bandeira, da redação JORNALONORTE.COM.BR

Os trabalhadores da construção civil decidiram nesta quinta-feira, dia 18, por meio de assembleia geral, continuar com o movimento grevista que já dura 10 dias. A categoria vai permanecer em greve até o próximo dia 25 de março, quando o tribunal Regional do Trabalho (TRT) decide em julgamento a ilegalidade da paralisação.

Empresários da construção civil pedem ilegalidade da greve

Edmilson da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Imobiliário (Sintricom), informou que a proposta apresentada pelos empresários não foi satisfatória já que não agrega melhorias.

“Nós reivindicamos melhorias na cesta básica e que todos os vencimentos sejam incluídos nos contracheques de todos os trabalhadores”.

Segundo Irenaldo Quintans, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon), durante a primeira audiência entre categoria e representantes das empresas realizada na última quinta-feira, dia 11, no Tribunal Regional Eleitoral (TRT), as empresas ofereceram um reajuste salarial de 9,68% para todos os pisos, do servente ao encarregado.

“Estamos em negociação com os trabalhadores desde novembro do ano passado. Na última reunião, oferecemos um reajuste duas vezes maior que a inflação atual que é de 4,18%. Nem o Governo Federal oferece algo parecido para os trabalhadores”, enfatizou.

Quintans afirmou que as empresas vão aguardar até o julgamento no TRT que deve decidir sobre a ilegalidade da greve. Ele fez questão de deixar claro que as empresas estão abertas a novas rodadas de negociação, mas sob a condição de que os trabalhadores voltem ao trabalho primeiro.

“Na hora que eles voltarem ao trabalho, nós voltamos à mesa de negociação. Por isso, apelamos aos trabalhadores que voltem as suas funções, porque enquanto houver greve, não sentamos para negociar”, afirmou o presidente do Sinduscon.

Os operários devem realizar uma nova assembléia geral após o julgamento para avaliar o que for determinado pelo TRT e então definir os passos seguintes do movimento.

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