Vários professores da rede estadual de ensino ocuparam na tarde desta segunda-feira (22), o prédio da 3ª Região de Educação do Estado, localizado em Campina Grande.
De acordo com informações de Sizenando Leal, secretário do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), a categoria decidiu invadir o prédio para pressionar o Governo do Estado a acelerar o ritmo das negociações.
A manifestação de hoje contou com o apoio de vários alunos da rede estadual que saíram às ruas acompanhando os professores em passeata logo após a decisão pela continuidade da greve geral por tempo indeterminado.
Alguns integrantes da categoria prometem permanecer acampados no prédio até que o Governo tome uma posição favorável aos trabalhadores da classe.
O movimento paredista dos professores da rede estadual começou no dia 1º de março e atinge cerca de 500 mil alunos de toda Paraíba. A categoria exige aumento salarial de 15,93% para o magistério, implantação do plano de cargos, carreira e remuneração e melhoria da infraestrutura nas escolas do Estado.
O outro lado
Em entrevista veiculada na imprensa sertaneja na tarde de hoje, o secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Marcelo Weick afirmou que na Paraíba, a soma dos vencimentos e gratificações faz com que os professores atinjam um salário superior ao piso nacional implantado pelo Governo Federal.
Já sobre a greve, o secretário revelou estar apelando para a conversa. ‘O movimento não poder ser radical, os professores têm que ter a consciência que as reivindicações são justas, porém os alunos não podem ficar prejudicados e o diálogo tem que prevalecer’, completou.
Weick entende que a inviabilidade em atender aos pedidos dos professores ocorre pela falta de recursos. Ele informou que isso acontece primeiro pela diminuição de repasses da União em função da crise econômica do ano passado que ainda reflete na economia dos Estados e municípios. E, em segundo plano, porque com a redução de receita há um aumento natural das despesas que chega a ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal que é de 60% para gastos com pessoal.
Da redação do Portal Correio com Jornal CORREIO e Leví Dantas, de Sousa
terça-feira, 23 de março de 2010
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