sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Em oito meses, Minha Casa, Minha Vida contratou 229,9 mil moradias

O programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal em 25 de março desse ano, fecha 2009 com 229,9 mil moradias contratadas em todo país, o que representa pouco mais de 22,9% da meta anunciada há mais de oito meses de construir 1 milhão de unidades habitacionais.

O resultado frustrou o mercado imobiliário, que esperava que o nível de contratação alcançasse pelo menos 400 mil moradias até o fim de 2009, como garantido pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em outubro.

"Nossa previsão é encerrar o ano de 2009 em 400 mil unidades, ou seja, 40% da meta de 1 milhão de moradias estará contratada até o final de dezembro", afirmou.

Levantamento feito pela Caixa Econômica Federal, com dados fechados até o último dia 21 de dezembro, mostra que dessas 229,9 mil moradias, 60,3% (139,9 mil) estão sendo financiadas por famílias com renda até três salários mínimos. Outros 28,7% (66,2 mil) dos financiamentos são destinados para quem recebe entre três e seis salários mínimos. E o restante, 10,3% (23,8 mil) das unidades habitacionais, foi contratado por pessoas que têm renda entre seis de dez salários mínimos.

Os contratos já assinados pela Caixa Econômica Federal (CEF) somam R$ 11,6 bilhões. O balanço mostra um avanço significativo em relação às contratações feitas até o início de outubro, quando apenas 89 mil unidades habitacionais tinham sido contratadas. Contudo, o ritmo de contratações ainda é baixo. À época, o presidente da CBIC, Paulo Simão, disse que esperava que até o final do ano a Caixa já tivesse concluído a contratação de pelo menos 400 mil unidades.

Agora, ele lamenta o resultado. “É uma pena que não tenhamos conseguido atingir nossa meta de contratar pelo menos 400 mil unidades até o final desse ano. Vamos pedir para a Caixa acelerar esse ritmo para atender o programa. Há muitas dificuldades burocráticas”, comentou.

Segundo ele, se aquele objetivo fosse cumprido, seria possível contratar até junho do ano que vem 750 mil moradias, o que representaria o atendimento de 75% da meta estabelecida pelo governo. “Temos que acelerar muito se quisermos atingir aquela meta de 750 mil contratações. Ainda é possível, mas ficou mais difícil. Temos que fazer um grande esforço no primeiro trimestre”, lamenta.

Até o final de novembro, a Caixa já tinha recebido das construtoras e de pessoas físicas 2.753 projetos (incluindo os já aprovados). Esses projetos prevêem a construção de 567,1 mil moradias. Ou seja, descontadas as unidades habitacionais já contratadas (176,3 mil), a Caixa está analisando a contratação de mais 390,7 mil moradias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário