terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Conferência começa em Brasília com homenagem a Daniel Herz

Em discurso de saudação à Confecom, Celso Schröeder elogia Lula e destaca o “fim do silêncio” nos debates sobre a comunicação no Brasil

Brasília – A Conferência Nacional de Comunicação começou nesta segunda-feira, 14 de dezembro, com a participação massiva de 1.684 delegados, observadores e convidados, numa cerimônia de abertura que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), além dos ministros Hélio Costa (Comunicações), Franklin Martins (Secretaria de Comunicação) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência da República).

O discurso de abertura ficou a cargo do coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schröeder. Vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Schröeder fez o primeiro discurso da sessão de abertura, em que agradeceu Lula pela coragem de organizar uma conferência sobre o assunto. “O presidente Lula, com esta conferência, ajuda a quebrar o silêncio em relação à comunicação”, disse.

“Precisamos primeiro romper com o silêncio com que a mídia trata a própria mídia. Em segundo lugar, é preciso tirar o véu da autolegitimação das empresas de comunicação e discutir de forma pública o modelo de comunicação no Brasil”, afirmou. Schröeder defendeu que a conferência seja institucionalizada e possa ter sua segunda edição realizada nos próximos anos.

O vice-presidente da Fenaj também fez questão de ressaltar a importância de Daniel Herz, jornalista morto em 2006, pioneiro na luta pela democratização da comunicação no país. Ele foi um dos mais atuantes militantes na luta pela democratização da comunicação no país, e um dos articuladores da Lei do Cabo.

Após um vídeo sobre a história de Hertz, seus filhos, Fernando e Guilherme, foram homenageados com uma placa comemorativa da 1ª Confecom. Em seguida, foi mostrado um filme em homenagem a Herz, mostrando sua trajetória de luta por uma comunicação igualitária. Os filhos do jornalista, Fernando e Guilherme, receberam uma placa em homenagem ao pai.

A secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti, também ressaltou a coragem do presidente Lula de abrir o debate sobre a comunicação no país e de seu pioneirismo. Ela ressaltou que uma democracia só se faz com plena comunicação para todos e defendeu que a conferência seja o primeiro passo para aprofundar a discussão sobre a democratização da comunicação no Brasil.

O presidente da Rede Bandeirantes, Johnny Saad, em discurso de saudação aos delegados, defendeu que 50% dos canais de TV no Brasil sejam dedicados à produção de conteúdo nacional e propôs a redução da carga tributária para o setor. “Temos de ter uma comunicação com pluralidade, com mais diversidade, para fortalecer o Brasil”, comentou Saad, defendendo ainda que o governo estimule o uso da TV Digital pelos movimentos sociais.

Ascom/Ministério das Comunicações

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