segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pesquisa do Ibope dá 48% a Maranhão e 36% a Ricardo para governador

PESQUISA IBOPE PB

31 de Maio de 2010 IBOPE

Na pesquisa espontânea vantagem do governador aumenta, obtendo 50% e Ricardo 29%
A TV Cabo Branco divulgou na noite desta sexta-feira (28) o resultado da pesquisa Ibope, encomendada pela emissora, com a intenção de voto dos paraibanos para governador nas eleições estaduais deste ano. O governador José Maranhão (PMDB) ficou com 48%, Ricardo Coutinho (PSB) com 36% e Lourdes Sarmento (PSO) com 1%, na pesquisa estimulada, quando são citados os nomes dos candidatos.

Nove por cento dos eleitores disseram que votariam em Branco ou Nulo e 6% que não sabe. Os pré-candidatos Erico Feitosa (PHS) e Nelson Júnior (PSOL) mesmo tendo o nome na consulta não foram citados.

Já na pesquisa espontânea, quando não são citados os nomes dos candidatos, Maranhão obteve 50% dos votos e Ricardo Coutinho 29%. Erico Feitosa e Lourdes Sarmento atingiram 1%. Nelson Junior não foi citado e 19% disseram que não sabe responder. Já 1% acredita que nenhum destes será o eleito.

A pesquisa também quis saber a rejeição dos eleitores aos nomes dos pré-candidatos e Erico Feitosa obteve maior, com 30%, e Ricardo a menor, com 24%. Maranhão e Nelson Júnior ficaram com 29% e Lourdes Sarmento com 27%.

Segundo Turno

Levando os dois principais nomes da disputa para o segundo turno, Maranhão ficou com 49% e Ricardo 39%. Brancos e Nulo 6% e 5% do eleitorado ainda não sabe em quem votar.

Aprovação do Governo

A pesquisa Ibope também perguntou a opinião dos paraibanos quanto a atual administração do Governo do Estado, com 52% considerando ótima ou boa, 28% regular e 17% ruim ou péssima.

Quanto ao governador Maranhão, 66% dos entrevistados aprovando seu governo e 27% desaprovando.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 de maio e entrevistou 1008 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Criança vítima de bala perdida morre no Hospital de Trauma

Publicado por Redação Paraíba.com.br em 31/05/2010 | 06h16 Atualizada em ( 31/05/2010 | 06h17 )

Paulo Cosme

Uma criança de apenas cinco anos de idade foi vítima de uma bala perdida em João Pessoa. Larrisa Rayane Conceição morreu poucos minutos depois de dar entrada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.

O fato aconteceu por volta das 16 horas de domingo (30) na Rua Monsenhor Severiano, no bairro de Cruz das Armas. Segundo informações da polícia dois homens numa moto vermelha estavam à procura de dois desafetos e quando o encontraram teve início o tiroteio.

Os dois rapazes que seriam o alvo dos motoqueiros saíram correndo e um deles conseguiu escapar enquanto que o outro acabou sendo alvejado e entrou numa residência. Em meio ao tiroteio, a criança caminhava pela calçada quando foi atingida com um tiro na cabeça.

Ao verem a garota ferida e agonizando no chão os moradores entraram em desespero e ainda providenciaram o socorro dela para o Hospital de Trauma onde a menina faleceu poucos minutos depois. O rapaz ferido no braço foi identificado como sendo Osman da Cunha que também foi socorrido para o Trauma.

Com informações do repórter Vinícius Henriques

Jogador paraibano morre em acidente de moto

DO PORTAL CORREIO

O jogador de futebol Renildo Emiliano Filho, de 26 anos, morreu neste domingo (30) vítima de um acidente de moto no município de Diamante, no Sertão do Estado.

Segundo informações, a vítima trafegava pela PB-361 entre os municípios de Ibiara à Boa Ventura, quando perdeu o controle da moto e caiu nas proximidades de um açude da cidade de Diamante.
Renildo chegou a ser socorrido para o Hospital de Itaporanga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele estava na Paraíba curtindo férias, já que joga atualmente pela equipe do São José, do Rio Grande do Sul.

O jogador disputou o Campeonato Paraibano do ano passado pela equipe do Cruzeiro de Itaporanga. Na época, o jogador era uma das principais forças do time, atuando inclusive como camisa 10. O meio-campista também teve uma passagem pelo Esporte de Patos.

O cunhado de Renildo, que também estava na moto, foi socorrido para Campina Grande onde permanece internado com ferimentos graves.
Eliseu Lins

PRINCESA ISABEL SEDIA ENCONTRO DAS OPOSIÇÕES

Princesa Isabel sedia V Encontro das Oposições
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Publicado por Redação Paraíba.com.br em 30/05/2010 | 08h30 Atualizada em ( 30/05/2010 | 08h31 )

O município de Princesa Isabel é a quinta cidade paraibana a sediar um Encontro das Oposições. Nesta quinta versão, o evento contou com uma peculiaridade: o pré-candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho, e os pré-candidatos ao Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB), e o senador Efraim Morais (DEM), caminharam por algumas ruas da cidade convidando a população a participar do evento multipartidário.

Muitas pessoas seguiram o grupo e foram até o clube da AABB, no final da tarde deste sábado (29), para discutir propostas para transformar a Paraíba em um lugar melhor de viver. Os pré-candidatos chegaram ao evento acompanhados dos anfitriões do Encontro, o ex-prefeito Sidney Diniz e a suplente de deputada estadual Flora Diniz.

De acordo com a organização do evento, estima-se que cerca de 4 mil pessoas estiveram presentes a AABB, entre eles prefeitos, vereadores e lideranças sindicais de toda a microrregião da Serra de Teixeira e do Sertão paraibano.
Ricardo Coutinho disse que os Encontros das Oposições têm cumprido o seu papel de dialogar com a população do Estado e mostrar que existem alternativas administrativas para serem implantadas na Paraíba.

“Um Estado não pertence a quem governa. Um Estado pertece a quem é governado. É o povo quem tem de decidir os rumos que a Paraíba tem que tomar e não adianta tentar enganar a população com propaganda, com a cooptação de partidos ou amordaçando a imprensa. O povo sabe a verdade”, comentou Ricardo.

O V Encontro das Oposições conta com a organização dos partidos: PSB, PSDB, PTN, DEM, PPS, PP, PPC, PRP e PV, além da colaboração de lideranças do do PTB, PDT, PT, PR.

IBGE-PROVAS FORAM REALIZADAS NESTE DOMINGO

Gabarito concurso IBGE 2010 – A Cesgranrio, organizadora do concurso público, aplicou neste domingo 30/05/2010 as provas do concurso para recenseador do IBGE. O concurso destinado exclusivamente ao cargo de recenseador teve 1.051.582 de inscritos do quais 191.972 serão selecionados para participar do Censo 2010 onde serão locados entre os 5.565 municípios do país.
As provas do concurso do IBGE foram aplicadas simultâneamente em todo Brasil, os candidatos que forem aprovados nas provas objetivas passarão por treinamento afim de serem capacitados para os procedimentos do Censo Demográfico de 2010. Antes de assinar o contrato de trabalho os candidatos passarão ainda por teste final do curso presencial, cuja nota final lhe atribuirá uma vaga no IBGE. Pelo fato de haver o teste final serão selecionados 10% a mais dos candidatos ( aprovados na prova escrita) em cada cidade ou polo.

Os rendimentos variam conforme a produção,em média um recenseador obtem uma remuneração entre R$ 800,00 a R$ 1.600,00, por 25 a 30 horas de trabalho semanais, dependendo da região.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO- 2º DIA



VOCALISTA DA BANDA



WESLEY DA GAROTA SAFADA



BAILARINAS DA GAROTA SAFADA-ATRAÇÃO FEIJOÃO 2010.

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO-2° DIA


PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICIPIO DE TAVARES

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO- 2º DIA

POR: ROSA MARQUES/RADCOM


ONTEM ACONTECEU A PRIMEIRA NOITE DA SEXTA EDIÇÃO DA FESTA DO FEIJOÃO 2010,DE TAVARES PARAIBA.COM A PRAÇA DE VENTOS LOTADA E UM SHOW PIROTÉCNICO DE MAIS DE DEZ MINUTOS O PRFEITO CONSTITUCIONAL DR.SEVERIANO BEZERRA DE PAULA FEZ ABERTURA DA FESTA COM PRONUNCIAMENTO DE ESCLARECIMENTOS A COMUNIDADE SOBRE A DIMINUIÇÃO DOS RECURSOS ENVIADOS PELO MINISTÉRIO DO TURISMO,UM DOS IDEALIZADORES DO EVENTO. LOGO APÓS A ABERTURA OFICIAL A FESTA COMEÇOU COM A BANDA GAROTA SAFADA,FORRÓ CEM POR CENTO PARAIBA E A BANDA FORROZÃO EU E ELA.A FESTA PROCEGUIU ATE AS 07:H00 COM MUITO FORRÓ E ALEGRIA. CONFIRA AGORA ALGUMAS IMAGENS MARCANTES DESTE EVENTO QUE NOS DESTACA COMO MELHOR SÃO JOÃO FORA DE EPÓCA DA SERRA DE TEIXEIRA.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

BEM VINDOS(A) AO SEXTO FEIJOÃO DA SERRA

O feijoão festa criada para substituir a antiga festa do feijão, desde, 2005 vem crescendo a cada ano, em 2010 o ministerio do turismo limitou os gastos com festas e Evantos, isso fez com que a prefeitura de Tavares reduzisse a festa, tendo em vista o não recebimento de recursos do Ministerio e considerando a situação atual de endividamento do município. Mesmo com esses problemas o VI Feijoão vai acontecer e com o brilho de sempre, apenas com atrações de menor porte.

Uma tradição que se mantém e se renova a cada ano, desde o ano de 2005, o Feijão, evento junino realizado no município de Tavares, que dentre outras coisas representa o período em que era realizada a Festa da Colheita do Feijão, já tem data marcada e programação definida. O evento, que movimenta a cidade inteira e atrai milhares de turistas para a região, acontece nos dias 27, 28 e 29 desse mês e terá como atrações as seguintes bandas: Garota Safada, Forrozão 100% Paraíba, Feitiço de Menina, Forrozão Meu e Seu, Mastruz com Leite, Bichinha Arrumada, Biriteiros do Forró, Nego Nagô e alguns trios de Forró Pé-de-Serra. Além de todos esses shows, que acontecerão em praça pública, a festa contará com a realização da Feira do Produto Rural, na manhã do dia 27; apresentações de quadrilhas; shows com duplas de violeiros e muita gente bonita, com certeza. O VI Feijoão é uma realização da Prefeitura Municipal de Tavares, com o apoio do Ministério do Turismo e de todas as secretarias municipais e da população, que de forma direta, ou indireta acaba dando a sua contribuição para que a festa fique maior e mais bonita a cada edição. O prefeito constitucional da cidade, Dr. Severiano, a cidade aguarda a presença de toda a população, bem como dos visitantes vindos de todas as cidades circunvizinhas e demais cidades da região.

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO



TENDA DOS AGRICULjavascript:void(0)TORES

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO


SEGURNÇA FEITA PELA POLÍCIA MILITAR DA PARAIBA-4 COMPANHIA DE POLICIA MILITAR DE PRINCESA ISABEL-DESTACAMENTO DE TAVARES-PB.

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO


SANFONEIRO DA BANDA DE PÍFANO

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO



BANDA DE PÍFANOS DA CIDADE DE TAVARES,SE APRESENTANDO NA ABERTURA NO FEIJOÃO

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO


ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE AGRICULTURA,EUGÊNIO MANOEL DE OLIVEIRA.

SEXTO FEIJOÃO-TAVARES,PARAÍBA.



TENDA DOS PRODUTORES RURAIS

COBERTURA DO SEXTO FEIJOÃO



ENTREVISTA COM MARLENE BEZERRA-SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO SOBRE A FESTA DO FEIJOÃO

SEXTO FEIJOÃO-TAVARES,PARAÍBA.



TENDA DE PRODUTOS DOS AGRICULTORES FAMILIARES DO MUNICIPIO

FEART



ABERTURA DO SEXTO FEIJOÃO DE TAVARES PARAÍBA.

SEXTA EDIÇÃO DO FEIJOÃO 2010.

OLÁ GENTE TUDO LEGAL? POIS É AGORA VOCÊS ACOMPANHAM A COBERTURA DA REALIZAÇÃO DO SEXTO FEIJOÃO DA CIDADE DE TAVARES-PARAÍBA. AGORA PELA MANHÃ ACONTECEU A FEIRA DO PRODUTOR RURAL,FEART,COM EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS DA PRÓPRIA ACRICULTURA FAMILIAR DO MUNÍCIPIO.AINDA ACONTECEU A APRESENTAÇÃO DA BANDA DE PÍFANOS DA CIDADE.ACOMPANHE AGORA AS FOTOS DAS ENTREVISTAS E DAS TENDAS DE EXPOSIÇÃO DOS PRODUTOS.

domingo, 9 de maio de 2010

Músico paraibano lança livro sobre como fazer e tocar pífano

O professor de música e instrumentista paraibano Heraclito Dornelles fará o pré-lançamento do seu primeiro livro intitulado “ Pifercussão”, no próximo dia 11, às 18h, no SINDMUSI -RJ (Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro).

Pifercussão ensina passo a passo como tocar pífano. Apresenta de forma didática todo o processo para professores e traz transcrições dos ritmos nordestinos das bandas de pífanos. Acompanha o livro um CD, com 60 músicas, e um pífano. O livro é indicado para quem quer conhecer melhor os ritmos tradicionais do Nordeste.

Heráclito é o idealizador do Pifercussão, projeto de pesquisa musical sobre o universo de atuação das bandas de pífanos, que também oferece aulas gratuitas de pífano e percussão para crianças, jovens e adultos da rede municipal de ensino de João Pessoa.

De acordo com Heraclito, a proposta do Pifercussão nasceu da necessidade de como músico conhecer a cultura nordestina dos pífanos, a qual não existia nenhuma publicação com o perfil e método que ensinasse ou mesmo descrevesse tal manifestação. “A partir dessa necessidade foi criado também o projeto social Pifercussão como forma de perpetuar esta cultura”, enfatizou o músico.

O projeto Pifercusão é realizado na cidade de João Pessoa-PB, nas segundas e quartas, pela manhã e a tarde, com crianças do bairro São José e outras comunidades carentes. As aulas com as crianças, assim como o livro, tem o sentido de preparar o público interessado para encontros presenciais com os mestres.

O lançamento oficial do livro em João Pessoa está agendado para os dias 21 e 22 de agosto, durante o primeiro encontro de Pifercussão que acontecerá no teatro Edinaldo do Egipto, em Manaíra. A programação do encontro conta com shows com o Tio Sêlo, banda de pífanos de mestre Zeca e convidados, apresentação dos alunos do projeto Pifercussão, além de palestras com pesquisadores do tema e momentos de interação os mestres das bandas de pífano. A programação completa do evento, inclusive os horários das atrações estará disponível no blog: www.pifercussao.blogspot.com.
Divulgação

Paraíba perde R$ 31,9 milhões para o turismo por causa de 'sanguessugas'

O Estado da Paraíba sofrerá um corte de R$ 31.964.500,00 no orçamento da União de 2010 destinado a eventos turísticos, o que representa 65% dos 51.830.000,00 previstos pelo Ministério do Turismo (MTur) através de emendas parlamentares.

O corte das verbas é atribuido ao chamado Escândalo das Sanguessugas do Turismo. O escândalo dos sanguessugas do Turismo envolve pelo menos nove deputado federais que beneficiaram-se dos recursos, seja diretamente ou por meio de assessores ou doadores de campanha. Dentre os deputados envolvidos está o deputado Rômulo Gouveia (PSDB).

O corte para os eventos foi aprovado em janeiro e pode ter relação com o escândalo dos sanguessugas do Turismo, mas o MTur alegou apenas que investimentos em infraestrutura turística, como obras de centros de eventos e convenções, sinalização turística e urbanização de orlas, são mais importantes.

Municípios como Campina Grande e Patos, que iriam a receber por volta de R$ 1 milhão, em recursos do Governo Federal, passaram a receber R$ 300 mil, podendo ainda ficar mais prejudicados, tendo em vista que alguns parlamentares terão que “distribuir” os recursos que sobraram levando em conta os critérios mais rígidos editados pelo ministério do Turismo.

Os números mostram que essa medida não foi imprudente. Em 2009, o valor empenhado para a realização de eventos, com recursos de emendas individuais, foi de R$ 21.055.400,85. Seria um tanto exagerado, em pleno ano eleitoral, permitir que os deputados destinassem mais de R$ 50 milhões para eventos no Estado.

O secretário executivo do Ministério do Turismo, Mário Moysés, destacou que o corte na verba para os eventos não significa dizer que a Paraíba saiu perdendo. “Com a edição do PLN 01/2010, a Paraíba ganhará mais R$ 31 milhões para investimentos em obras de infraestrutura turística, além dos R$ 179 milhões previstos no orçamento deste ano. Para dar um exemplo, entre várias obras que estão sendo realizadas, temos o centro de convenções de João Pessoa. Muito importante para o turismo no estado”.

Para o deputado Vital do Rego Filho, a medida afeta diretamente as principais festividades juninas do Nordeste, visto que as mesmas sofreram tamanho corte, impossibilitando assim a realização de várias festas pelo interior. “Tal impossibilidade se dará pelo fato de que determinados municípios com até 20 mil habitantes só podem receber por evento o valor de R$ 100 mil, ficando, após o corte, com a quantia de R$ 30 mil”, diz o deputado.
Leia mais detalhes na edição do Jornal CORREIO deste domingo (9)

Cai em mais de 30% o eleitorado jovem da Paraíba

O número de eleitores com 16 e 17 anos caiu 30,8% na Paraíba, de 2006 para cá. Em todo o país a queda é de 25,65%, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitora (TSE).

Os números da Paraíba são referentes ao último levantamento realizado em março de 2010. De acordo com a Constituição Federal, o voto é facultativo para os maiores de 16 e menores de 18 anos.

Em 2006 se alistaram para as eleições gerais no país um total de 2 milhões, 556 mil, 391 jovens, na faixa etária dos 16 e 18 anos. Em março de 2010, este número caiu para 1 milhão, 792 mil, 554 eleitores. Na região Nordeste, em 2006, o eleitorado jovem era de 842.156. Já em 2010, conta com 588.051.

No Estado da Paraíba, as estatísticas de 2006 apontam que o eleitorado de 16 e 17 anos somava 74.870 jovens. Até março de 2010, último levantamento divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Paraíba contava com 51.875 eleitores, sendo 14.539 de 16 anos e 37.336 de 17 anos.

Nas últimas quatro eleições realizadas no país (2002, 2004, 2006 e 2008) o pique maior do eleitorado jovem foi no pleito de 2004. Estavam aptos a votar 3 milhões, 759 mil, 265 jovens entre 16 e 17 anos. Em 2002, votaram 2.217.948; em 2006 foram 2.556.391 e nas eleições de 2008 votaram em todo o país 2.923.591 jovens menores de 18 anos.
Wellington Farias

Eleições 2010 As saias justas dos palanques eletrônicos

Por Fernando Mello e Marina Dias

A campanha eleitoral ainda não começou oficialmente, mas os pré-candidatos à presidência da República já enfrentaram várias situações embaraçosas na corrida pelo Planalto. José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) resolveram trocar os tradicionais palanques por aparições em programas populares de TV ou em rádios pelo interior do Brasil. Em entrevistas a humorísticos, depararam-se com perguntas constrangedoras - algumas vezes, eles até se saíram bem da saia justa.

O cientista político Alberto Carlos de Almeida defende que os candidatos se comportem como "pessoas normais" diante dos novos desafios, dançando conforme a música - o que, no atual ritmo eleitoral, pode levá-los a improvisar alguns passos de "rebolation", a coreografia quebra-quadril do conjunto baiano Parangolé. Falta pouco para tanto: Serra e Marina já responderam perguntas cabeludas no programa CQC, da TV Bandeirantes. Dilma ainda não rebolou, mas já cantou alguns versinhos de El Dia que Me Quieras, famosa na voz de Carlos Gardel, para José Luiz Datena, da TV Record. Confira no infográfico a seguir:



A moda de se expor em programas populares deve mesmo pegar entre os presidenciáveis neste ano. Com a restrição legal aos chamados showmícios, os palanques tradicionais perderão força. De acordo com Almeida, a escolha pelos programas de rádio e TV é indicador de um novo tempo nas campanhas, e também sinal de que o palanque de rua envelheceu. "Seu alcance é de algumas milhares de pessoas apenas, enquanto rádios e TVs atingem milhões de eleitores", diz.

José Eduardo Dutra, presidente do PT e coordenador-geral da campanha de Dilma, reconhece que a eficácia do "velho palanque" é cada vez menor em termos eleitorais. "Por isso, os candidatos se utilizam dos chamados palanques eletrônicos, muito mais efetivos para manter contato com a população e apresentar ideias de campanha."

Presidente do PSDB e coordenador-geral da campanha de Serra, o senador Sergio Guerra confirma que a estratégia tucana é privilegiar a inserção em rádios e TVs regionais. Assessores do ex-governador paulista mantêm contato com estações pequenas e médias, especialmente no Nordeste, na tentativa de encontrar um espaço na agenda do pré-candidato para as aparições. "Há temas nacionais vistos de maneira local e temas locais que devem ser vistos de maneira nacional", explica.

Os coordenadores afirmam não temer as saias justas que surgem nas entrevistas. Para Dutra, sair-se bem ou não das situações embaraçosas depende apenas de "jogo de cintura". "Se a brincadeira não for agressiva e o candidato se sair bem, haverá um efeito positivo, pois o eleitor verá um toque de humor no político. Mas existem também os casos em que ele pode ficar em uma situação ridícula: aí o efeito é completamente negativo."

MÃE

A canção de qualquer mãe
"Filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei
ou mereci ou imaginei ter"



Lya Luft

Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.

Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.

Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.

Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.

Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

Agora, só na cadeirinha

Seu filho pode chorar, berrar e resmungar, mas não tem jeito:
a partir do dia 9 de junho, todas as crianças de até 7 anos e meio
terão de sentar nas cadeirinhas a elas destinadas quando estiverem
andando de carro








Anna Paula Buchalla
abuchalla@abril.com.br

O motorista que descumprir a resolução ficará sujeito a multa por infração gravíssima, prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro. Isso significa o pagamento de 191,54 reais, a perda de
7 pontos na carteira de habilitação e a retenção do automóvel até a instalação do equipamento. Crianças de até 1 ano devem ser transportadas no bebê-conforto. Entre 1 e 4 anos, o lugar correto para acomodá-las é em cadeirinhas com encosto e cinto próprios. Os assentos de elevação, que utilizam o cinto de segurança do carro e evitam que ele fique na altura do pescoço da criança, podem ser usados para as de 4 a 7 anos e meio. Acima dessa idade ou a partir de 1,45 metro de altura, o uso do cinto de segurança continua obrigatório, é claro. A regra das cadeirinhas e assentos de elevação não vale para veículos de transporte coletivo, como ônibus escolares e táxis. "O uso correto das cadeiras evita em 70% os acidentes fatais", afirma Alfredo Peres da Silva, diretor do Departamento Nacional de Trânsito. Para os pais que já preveem o chororô dos maiorzinhos, que hoje circulam apenas com o cinto de segurança no banco de trás, eis o que diz a psicóloga Magdalena Ramos, de São Paulo. "É uma ótima oportunidade para a criança começar a entender o que significa obedecer a leis e saber que elas se aplicam a todos, inclusive à sua família". Há no mercado noventa modelos de dezenove marcas de cadeirinhas com o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, o Inmetro. Saiba qual o modelo que melhor se adequa à sua necessidade.

O risco do populismo eleitoral Num surto demagógico, os deputados aumentam em 4 bilhões de reais os gastos com aposentados – e vem mais por aí


Somam 323 os nobres parlamentares que, na tormentosa noite da terça-feira passada, ignoraram o equilíbrio das contas públicas, os apelos do governo e, sobretudo, o bom senso para aprovar duas medidas populistas que podem sangrar em 4 bilhões de reais por ano os cofres do estado brasileiro. Uma delas prevê um generoso reajuste de 7,7% aos aposentados que recebem acima de um salário mínimo, índice muito superior ao que o governo tem condições de pagar. A outra pôs fim ao fator previdenciário, cálculo que dificultava a aposentadoria antecipada dos trabalhadores e, com isso, minimizava a insolvência do sistema de aposentadoria público. O ruinoso projeto segue agora para o Senado. Lá, os peemedebistas Romero Jucá e Renan Calheiros, capitães do mato do governo, avisaram aos patrões que a proposta também passará docilmente. Caberá então ao presidente Lula a impopular porém necessária tarefa de vetar a medida – e ele já mandou dizer que, para preservar a solidez dos alicerces econômicos do país, assim o fará. Não se esperava menos do presidente. Nem, por outro lado, se esperava mais dos congressistas. Cedendo gostosamente às tentações populistas que grassam em tempos eleitorais, eles ainda preparam a votação de um bilionário pacote de tungas – que, se aprovadas pelo Congresso, podem causar uma inconcebível cratera de 26 bilhões de reais nas contas públicas.

Esse pacote compõe-se de projetos que estão prontos para ir a votação no plenário da Câmara e, não por acaso, beneficiam somente funcionários públicos, uma privilegiadíssima casta de 1 milhão de pessoas, que custam cerca de 100 bilhões de reais por ano ao país. Há criação de cargos de carreira e de confiança, funções comissionadas, reajustes, equiparações salariais – enfim, contempla-se todo o vernáculo burocrático que faz brilhar os olhos dos sindicalistas, que faturam politicamente esses ganhos junto aos seus filiados, mas que apavora os demais brasileiros – aqueles que acabam pagando a conta do lucro da companheirada. Está pronta para ir a plenário, por exemplo, a criação de quase 17 000 cargos no Judiciário e 5 000 no Executivo. Outros dois projetos estipulam reajustes fabulosos para todos os burocratas do Ministério Público e do Judiciário. Se essas propostas vierem a prosperar, para arcar com elas o país gastará a extraordinária quantia de 11 bilhões de reais por ano – o mesmo valor investido pelo governo em 2009 no Bolsa Família, o principal programa de distribuição de renda do país. Diz o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília: "O problema não é só criar novas despesas sem receita, mas também criar as despesas erradas. Devem-se privilegiar investimentos em áreas como infraestrutura, saúde, educação".

Entre os sortilégios prestes a se materializar no plenário da Câmara, constam aberrações indefensáveis, como a emenda à Constituição que acaba com os limites para o cálculo do adicional por tempo de serviço, proposta que pode sugar quase 10 bilhões de reais dos cofres públicos. Revela-se alarmante o fato de que os autores dessas propostas não são deputados radicais de partidos nanicos, nem opositores dispostos a prejudicar o governo de qualquer maneira: são parlamentares que compõem a base aliada. O fim do fator previdenciário resultou do esforço do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. O deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, patrocina a emenda que aumenta o salário dos policiais. Regis de Oliveira, outro governista, assina a proposta que ressuscita o adicional por tempo de serviço.

A autoria desses projetos, assim como a tranquila aprovação na semana passada do reajuste dos aposentados, reforça que a dita base aliada no Congresso só é aliada quando lhe convém – ou seja, na hora de nomear apadrinhados no governo e exigir a liberação de emendas ao Orçamento. Nos momentos em que a coerência programática deve prevalecer, prevalece, ao contrário, a lei da selva política: cada um faz o que melhor for para os seus interesses. Perto das eleições, quando os interesses dos parlamentares se resumem a manter-se no poder, as prioridades deles, naturalmente, aliam-se às prioridades de quem pode elegê-los. É nesses instantes que assoma a força das categorias articuladas politicamente, como os funcionários públicos. Eles formam a plateia que dobra o Congresso, porque dobrado o Congresso se deixa ser, de modo a continuar onde está.

De um modo ou de outro, a conta dessa farra será quitada pelos brasileiros que trabalham e pagam impostos. Se o Congresso aprovar essas medidas e o presidente sancioná-las, duas coisas poderão acontecer: o governo cortar investimentos necessários para o desenvolvimento do país ou aumentar impostos – ou, ainda pior, promover ambas. "Essa tendência de aprovar mais despesas é extremamente preocupante", afirma o economista José Matias Pereira, da Universidade de Brasília. "A conta não fecha. Não se pode gastar mais do que se ganha. Simples assim."

Salto no escuro Seis de cada dez crianças brasileiras estudam segundo os dogmas do construtivismo, um sistema adotado por países com os piores indic


Mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um "método de ensino". O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.
A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: "O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas". Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo "do ombro dos gigantes" que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel.
Em um país como o Brasil, onde as carências educacionais são agudas, em especial a má formação dos professores, a existência de um método rigoroso, de uma liturgia de ensino na sala de aula, é quase obrigatória. A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência. Nada mais longe da realidade brasileira, em que menos da metade dos professores é formada nas disciplinas que ensina. À luz das versões tropicais do construtivismo, essa deficiência é até uma vantagem, pois, afinal, cabe aos próprios alunos definir com base em sua realidade o que querem aprender. É claro que um modelo assim já seria difícil funcionar em uma sala de aula ideal, com um mestre iluminado cercado de poucos e brilhantes pupilos. Nas salas de aula da realidade brasileira, é impossível que essa abordagem leniente dê certo. Adverte o doutor em psicologia Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP): "As aulas construtivistas frequentemente caem no vazio e privam o aluno de conteúdos relevantes".
Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. Enquanto na pedagogia tradicional (a do bê-á-bá) as crianças são apresentadas às letras do alfabeto e aos seus sons, depois vão formando sílabas até chegar às palavras, os construtivistas suprimem os fonemas e já mostram ao aluno a palavra pronta, sempre associada a uma imagem (veja o quadro). A ideia é que, ao ser exposto repetidamente àquela grafia que se refere a um objeto conhecido, ele acabe por assimilá-la, como que por osmose. De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.
O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Elba Ramalho descobre um câncer em estágio inicial

Terra

Ao fazer exames de rotina, Elba Ramalho, 59 anos, descobriu um câncer no seio esquerdo em estágio inicial. Ela passou por uma cirurgia, dia 12, para a retirada do nódulo de 5 milímetros e se recupera bem.

"De origem hormonal e de baixa malignidade, não apresentou nenhuma complicação mais grave, tanto na estrutura da mama quanto no tratamento pós-operatório. Já estou na estrada cumprindo a agenda de shows, assim como a conclusão do novo CD e DVD dos 30 anos de carreira. Agradeço o carinho de todos assim como espero que meu caso sirva como estímulo as mulheres acometidas desse mal que, tratado a tempo e devidamente, pode ser solucionado. Agradeço a Deus pela imensa bondade. Minha fé me ajuda a viver bem e em paz", declarou Elba em comunicado oficial.

A cantora não fará quimioterapia, só tratamento radioterápico.

Operação “Terra sem Lei” cumpre 14 mandados de prisão no município de Manaíra

Da Redação do paraibaonline

Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, 7, no município de Manaíra, no Alto Sertão paraibano, uma operação denominada “Terra sem Lei”. Com o apoio das polícias Civil e Militar a ação tem o objetivo de cumprir 14 mandados de busca e apreensão naquele município.

Ao todo são 50 policiais participando da operação, que até o momento já prendeu oito pessoas, em flagrante, acusadas de porte ilegal de arma. Entre os detidos estão dois ex-vereadores.

De acordo com as autoridades, foram encontradas nas residências dos acusados oito revólveres, duas pistolas, várias espingardas calibre 12 e um rifle de calibre 44 de uso exclusivo do Exército.

Segundo o delegado Cristiano Jaques, responsável pelo Grupo Tático Especial da Polícia Civil de Patos, ainda está em andamento. A ação conta com o apoio da 4ª Companhia de Polícia Militar de Princesa Isabel.

Procurador acusa ex-prefeito de realizar manobra para escapar do TCE

O Procurador Geral do Município de Cajazeiras, Pedro Bernardo Neto (foto), estranhou informações de que o ex-prefeito Carlos Antonio Araújo de Oliveira estaria tendo dificuldade de acesso a documentos da Prefeitura para fazer a defesa de suas contas junto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

'É lamentável se usar informação leviana para justificar uma manobra, visando postergar uma decisão do TC', disse o procurador, esclarecendo que todos os documentos foram entregues já duas vezes em tempo hábil, sendo que a primeira vez foi de forma administrativa. A segunda, conforme explicou Pedro Neto, foi em contestação a uma Ação Cautelar movida pelo ex-gestor.

O procurador disse que, em Sentença, o juiz da 4ª Vara da Comarca de Cajazeiras, Edivan Rodrigues Alexandre, reconheceu que a Prefeitura, regularmente citada, apresentou em juízo a documentação, cumprindo sua obrigação de prestar as informações necessárias.

Ele também revelou que o prefeito Léo Abreu encaminhou ofício ao auditor do Tribunal de Contas do Estado, Oscar Mamede Santiago Melo, no dia 06 de abril passado, informando que toda a documentação requerida pelo ex-prefeito na Ação Cautelar em trâmite pela 4ª Vara da Comarca de Cajazeiras, inclusive com liminar deferida, fora cumprida a tempo e modo com a juntada dos documentos solicitados, conforme comprova cópia da contestação protocolada em 29 de março de 2010.

O procurador do município revela ainda que a referida documentação já havia sido entregue ao ex-gestor em 07 de janeiro deste ano.
Da assessoria do Sertão

Operação das polícias Civil e Militar apreendem armas no Sertão

Sexta, 07 de Maio de 2010 07h23
Da redação do JORNALONORTE.COM.BR

Uma operação especial realizada em conjunto pelas polícias Militar e Civil cumpre 14 mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira, dia 7, no município de Manaíra, no Sertão paraibano, distante 468,2 quilômetros de João Pessoa. Várias armas e pelo menos cinco pessoas foram presas.

O delegado Cristiano Jaques informou que a operação visa a apreensão de armas clandetinas na região. Ele contou que pistolas, revólveres e espingardas foram apreendidas. Ele informou que 150 homens das políciais Civil e Militar participam da operação.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Taça da Copa chega à África do Sul e é recepcionada por Nelson Mandela


O troféu da Copa do Mundo chegou nesta quinta-feira à África do Sul e foi recebido pelas mãos do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, na fundação que leva seu nome, em Joanesburgo. Nesta sexta, inicia-se um tour da taça, que visitará 38 cidades e povoados nas nove províncias do país.

A taça chegou à África do Sul pelas mãos do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente do comitê organizador da Copa, Danny Jordaan.

Achmat Dangor, membro da Fundação Nelson Mandela, disse desejar que os sul-africanos e o mundo vejam o troféu "como um símbolo do bem".

Feita de ouro 18 quilates, a taça tem 36,8 cm de altura e pesa 6,175 quilos. Ela é propriedade da Fifa e o campeão da Copa do Mundo recebe uma réplica.

Polícia Civil pode deflagrar nova greve na PB

Os policiais civis da Paraíba ameaçam deflagrar uma nova greve a partir do próximo dia 19 de maio em todo o estado. A informação foi divulgada em nota enviada à imprensa na noite desta quarta-feira (5) pela assessoria da Asssociação dos Policiais Civis (Aspol).

De acordo com a nota, uma comitiva da Aspol visitará Delegacias Regionais paraibanas na próxima semana e realizará assembleias para deliberar sobre a adesão ou não à greve nacional das Polícias Civis pela não votação da PEC 446 que cria o piso nacional da categoria.

Confira a íntegra da nota logo abaixo:

'Aspol visitará regionais na próxima semana e Policiais Civis podem deflagrar greve geral a partir de 19 de maio

Dando prosseguimento ao que foi divulgado na semana passada, a comitiva da Aspol estará visitando as Delegacias Regionais durante toda a próxima semana para orientar quanto aos procedimentos perante a nova legislação, bem como recolher a documentação necessária para entrada nas ações de interesse da categoria. Confira abaixo o calendário e divulgue junto aos companheiros da respectiva regional:

SEGUNDA-FEIRA – 10:00h – Itabaiana / 15:00h – Guarabira

TERÇA-FEIRA – 10:00h – Picuí / 15:00h – Monteiro

QUARTA-FEIRA – 10:00h – Patos / 15:00h – Itaporanga

QUINTA-FEIRA – 10:00h – Catolé do Rocha / 15:00h – Cajazeiras

SEXTA-FEIRA – 10:00h – Campina Grande / 15:00h – João Pessoa

A assessoria jurídica da Aspol estará sendo consultada para participar da comitiva e recolher os documentos necessários para a entrada nas ações judiciais que devem ser impetradas para garantir os direitos dos policiais civis.

ASSEMBLÉIAS REGIONAIS E GERAL PARA DECIDIR SOBRE PARALISAÇÃO

Durante as visitas serão realizadas assembléias regionais para deliberar sobre a adesão à greve nacional das Polícias Civis pela não votação da PEC do Piso Nacional (emenda aglutinativa da PEC 446, englobando a 300). Segundo o presidente da Aspol Flávio Moreira, a categoria não aguenta mais esperar:

“Esperamos durante todo este tempo com paciência e tentando negociar. Paralisamos por 24 horas no último dia 23 de abril e agora a paralisação deverá ser por tempo indeterminado. Avisamos e a Câmara dos Deputados, Governo Federal e Governos Estaduais nada fizeram para votar a PEC, pois se quissessem o teriam feito. Temos de parar por dignidade e valorização, pois a nossa hora é agora”, disse Flávio Moreira.

O comunicado da COBRAPOL – Confederação Brasileira dos Policiais Civis, foi feito agora há pouco. Veja a matéria na íntegra:

“Os policiais civis de todo o país realizam assembleias estaduais na próxima sexta-feira, dia 14 de maio, para deliberar sobre indicativo de greve geral a partir do dia 19 de maio. A convocação é da Cobrapol e da Comissão Coordenadora do Movimento em Defesa dos Policiais. Ainda hoje, a proposta será apresentada à Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares, em reunião na Câmara dos Deputados, para que os militares e bombeiros engrossem o movimento paredista.

O presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, ressalta que a greve só será deflagrada se a Câmara dos Deputados não votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 446/09 que cria o Piso Salarial Nacional. A PEC foi votada em primeiro turno, mas foi retirada da pauta por meio de um acordo de líderes sem que três dos quatro destaques apresentados à matéria fossem analisados. Uma situação que fere por completo o Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Com o intuito de recolocar a PEC na Ordem do Dia do plenário da Câmara, a Cobrapol, em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares, iniciou um trabalho de coleta de assinaturas de deputados que votaram a favor do Piso Salarial Nacional para anexar a um requerimento que será entregue ao presidente da Câmara, deputado Michel Temer.'
Da redação do Portal Correio com Aspol

DO BLOG "SENHORAS DA VERDADE"


É desta forma que a jornalista e radialista, Mara Régia, leva informação, cultura e muita alegria a milhares de pessoas por todo o Brasil. As ondas do rádio chegam aos principais recantos do país, principalmente aqueles onde os direitos essenciais do ser humano, como saneamento básico, ainda não chegaram em pleno século XXI para todas/os as/os brasileiras/os. Com 30 anos de experiência profissional, ela já trabalhou nos principais veículos de comunicação do Brasil, como a Globo e a Bandeirantes, tanto na TV como no rádio, e foi neste último que se encontrou com a sua verdadeira paixão. Esta entrevista foi concedida na Oficina de capacitação em rádios comunitárias, que aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, em Recife (PE).

1) Como você começou a gostar de rádio?


Essa paixão parece que sempre esteve presente na minha vida. Na verdade, remonta a época das novelas, na Rádio Nacional, minha avó ouvia assiduamente a novela “O Direito de nascer”, em 1957, 1958, e eu cantava a trilha da novela. Anos mais tarde, lembro que o primeiro “puxão de orelha” que eu recebi de minha mãe e de meu pai foi por ter ido, sozinha, na praça Mauá para conhecer a Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Eu tinha o maior fascínio. E curiosamente, eu nasci no dia 12 de setembro, dia de inauguração da Rádio Nacional. Veja que nada é por acaso, já havia uma certa conspiração. Inclusive no nome, porque meu nome é Mara Régia, e eu já estou navegando os rios da Amazônia nas ondas do rádio há cerca de 20 anos. O pessoal acha que é nome fantasia. Toda vez que chego numa comunidade, as pessoas dizem: “Mara Régia, você é a flor símbolo da nossa Amazônia!”. É muito lindo! Eu amo o rádio.


2) E qual foi o seu primeiro programa no rádio? Como você se sentiu?

O primeiro programa, onde eu fiz a apresentação foi o Viva Maria, mas o primeiro, como produtora, assim que entrei na rádio, foi o Clube do ouvinte, voltado para atendimento às demandas da audiência na Amazônia.


3) E como veio a idéia de fazer um programa voltado para as mulheres e a natureza?

Eu tive uma história pessoal que me fez pensar sobre a condição feminina. Meu pai, infelizmente, quando bebia era muito violento, batia muito na minha mãe. E eu me lembro quando tinha uns oito anos de idade, entre as tantas brigas que presenciei, eu disse “Não, quando eu crescer vou fazer alguma coisa para as mulheres não apanharem mais”, isto já estava plantado no meu coração. Quando eu me casei, no início dos anos 70, fui para a Inglaterra e lá comecei a ficar fascinada pelos programas que tratavam da condição feminina, programas de rádio, de TV.Existia uma consciência, uma rede de solidariedade às mulheres vítimas de violência e foi lá que eu fiz minha estréia como feminista ao participar da primeira manifestação de rua em prol do aborto , pois o parlamento inglês queria mudar isto e aí a gente engrossou as fileiras, dizendo “Não ao Estado, não à Igreja, as mulheres tem o direito de escolher seu destino, as mulheres tem de ser donas de seu corpo”. Ficou a semente. Quando voltei ao Brasil, e me foi dada a oportunidade de trabalhar na rádio, um gerente tinha um espaço na rádio AM de Brasília, ai ele falou: Você não quer fazer um programa, não?!” E eu falei : “Só se for um programa voltado para a condição feminina”. Assim nasceu o “Viva Maria”, que é um programa pioneiro no trato das questões de gênero e na mobilização das mulheres na luta por seus direitos . E desde 1980 estamos no ar, com algumas interrupções . No governo Collor houve uma perseguição política grande na então Radiobrás, e o programa foi retirado do ar da forma mais arbitrária. Em nome da modernidade, já que a luta das mulheres , para a direção da empresa , não fazia sentido . Daí eu fui para a Rádio Capital em Brasília e comecei a fazer, através do rádio, oficinas de capacitação em gênero para mulheres que eram lideranças populares. Por força dessa capacidade de mobilização e resistência do “Viva Maria” , uma homenagem: em 1990, durante um Encontro Feminista, em San Bernardo , Argentina, foi criado o Dia Latino Americano da Imagem da Mulher nos Meios de Comunicação – 14 de setembro- data em que o Viva Maria foi ao ar pela primeira vez .


4) Os programas que você faz atualmente chegam a quais regiões e cidades do Brasil?

O “Natureza Viva” é transmitido aos domingos para os nove estados da Amazônia Legal, do Acre ao Maranhão. Trata-se de uma revista radiofônica com duas horas de duração, das 8h às 10h, voltado para a proteção ambiental. Dentro do programa tem o quadro “Natureza Mulher”, que fala do impacto do meio ambiente no corpo feminino com ênfase na saúde feminina e no uso das plantas e ervas medicinais . Pra isso, contamos com a participação da ginecologista e obstetra, Livia Martins , que é também fitoterapeuta. Além do Natureza Viva, aos sábados , eu produzo e apresento também o “Trilha Animal”. Transmitido pela Rádio Nacional AM, Rádio Nacional Amazônia, Radio Difusora de Macapá e Radio Universidade de Santa Maria, RGS. O programa também é retransmitido pela RDS portuguesa em Lisboa, Portugal. Para ouvir o “Trilha” em podcast pela internet basta entrar no site :www.wspabrasil.com.

Quanto ao Viva Maria”, hoje ele perdeu espaço . Tornou-se uma coluna diária de cinco minutos e é transmitido pelas emissoras da EBC- Empresa Brasil de Comunicação : Rádio Agência, Nacional da Amazônia, Nacional Alto Solimões , Nacional Brasília e Nacional Rio de Janeiro.


5) E como é a repercussão destes programas junto à população destas regiões?

Quem mora nas cidades, nas grandes capitais, se comunica por email. A Nacional tem uma Central do Ouvinte muito concorrido. São centenas de mensagens por dia . Já no interior da Amazônia , a audiência é medida através do volume de cartas. Há meses que elas chegam aos montes, mas a média é de 150 por mês vindas dos mais distantes rincões , onde o Correio nem chega é por isso que cada carta dessas vale por mil .


6) E o que contam estas cartas?

Contam histórias de vida . Compartilham tristezas , alegrias e dúvidas. A maioria sobre saúde . Mas muitas dela também são denúncias. Outras apelam ainda por justiça já que na zona rural da Amazônia ela é ainda mais lenta e inoperante que na cidade.

7) Entre os programas que você apresenta, o “Viva Maria” é voltado para as mulheres. Conta como ele é produzido e como surgiu?

“Viva Maria” é uma revista radiofônica semanal e onde são debatidos assuntos como a legislação que defende a mulher, meio ambiente, saúde e é pautado pelo movimento de mulheres. A jornalista e escritora Sônia Hirsch também participa do programa pra fazer as Marias “meditarem na cozinha” e sobre a qualidade do pão nosso de todo dia. O programa surgiu como te disse antes, através de minhas inquietações sobre a cidadania feminina no Brasil e também pela oportunidade de ocupar um espaço na rádio AM de Brasília .


8) Você é radialista, jornalista e feminista. Sabemos que em nosso meio, infelizmente, o machismo ainda faz parte das redações, do ambiente de trabalho e há muita discriminação em relação às mulheres. Com toda sua experiência, você ainda encontra preconceito por parte dos homens?

Sempre! Há violência de todas as formas: na jornada que nos é imposta, na imagem que a mídia constrói da mulher,na ditadura da beleza,na pouca representatividade das mulheres no poder , nos cargos de chefia etc. Infelizmente, nossa cidadania ainda é pautada por leis que são feitas pelos homens . Isto é muito louco! Temos muito que lutar, como por exemplo, pela implementação da lei Maria da Penha, acusada de ser inconstitucional. Lembrar que ela é uma grande conquista para todas as mulheres no combate a violência. Precisamos lutar também pela ampliação de nossos direitos. Destaque para os direitos das trabalhadoras domésticas, que até hoje não tem Fundo de Garantia, remuneração de horas extras, etc.

9) E como fazer para combater este machismo?

Criar agências de noticias que tragam informações sobre os direitos da mulher, assim como é a ANDI, que cuida dos direitos de crianças e adolescentes, além de investir na capacitação, conscientização dos/as professores/as sobre a política de gênero e colocar em prática os parâmentros curriculares. Sem falar do monitoramento da mídia que, diariamente, veicula mensagens extremamente preconceituosas.


10) Você percebe alguma diferença entre o feminismo lá dos anos 70 para o dos anos 2000?

Sim , a vida não tem replay. O momento histórico que vivemos no Brasil e no mundo é outro. As mulheres continuam em movimento, mas tem nas mãos outras ferramentas para fazer valer seus direitos na lei e na vida!

Governo quer triplicar acesso à internet até 2014

Até 2014, o governo pretende triplicar o acesso à internet por banda larga no país e quadruplicar o número de domicílios com o serviço disponível numa velocidade igual ou superior a 512 quilobits pos segundo (kbps). A ideia é saltar dos atuais 12 milhões de domicílios para 40 milhões, baixando o preço do serviço para apenas R$ 15, nos casos em que sejam adotados incentivos fiscais.

Nos casos em que os incentivos não sejam adotados, a expectativa do governo é de que o preço fique entre R$ 29 e R$ 35, valor que varia em função da cobrança ou não de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com esse perfil, a expectativa é de que 35,2 milhões de domicílios tenham acesso à banda larga. Atualmente, o país tem apenas 12 milhões de domicílios com acesso, na velocidade máxima de 256kbps, a preços que variam de R$ 49 e R$ 96.

O anúncio foi feito hoje (5) por uma equipe do governo, durante o lançamento das diretrizes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, o objetivo principal do plano é expandir o acesso para as classes C e D.

“O desenvolvimento do país só será efetivo com o acesso à banda larga sendo utilizado como ferramenta de inclusão social”.

Conforme já havia sido anunciado ontem (4) – em comunicado enviado pelo governo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) –, a empresa estatal Telebras será a gestora do Programa Nacional de Banda Larga. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o plano como vai facilitar também o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, inclusive na área de comércio externo, buscando novos mercados.

O total previsto de desonerações (abatimento de impostos e facilidades) é de cerca de R$ 785 milhões, dos quais R$ 11,36 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para pequenas e médias prestadoras, R$ 770 milhões de abatimento dos descontos para o Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para equipamentos usado para conexão à internet (modem).

Além disso, R$ 3,75 milhões correspondem à isenção da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional. Atualmente, esses aparelhos têm redução de 95% do IPI. A capitalização da Telebras será de R$ 3,22 bilhões.

Segundo o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não tem limite, mas a estimativa é de que chegue a R$ 6,5 bilhões para financiamento e compra de equipamentos de telecomunicações de tecnologia nacional, e de R$ 1 bilhão de financiamento para micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses, por meio do cartão BNDES.

Também serão destinados R$ 1,75 bilhões do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) para investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Os investimentos foram estimados para período de 2010 a 2014.

“A estatal não vai assumir o lugar da iniciativa privada. Isso só será feito nos locais onde não há oferta adequada desses serviços”, disse Paulo Bernardo.
Da Agência Brasil

Lula pode vetar aumento de 7,7% aos aposentados

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou hoje (5) que o governo tentará reverter no Senado a decisão da Câmara dos Deputados que, ontem (4), aprovou a concessão de reajuste de 7,7% para aposentados que ganham mais de um salário mínimo e o fim do fator previdenciário. “O jogo está sendo jogado. [A proposta] foi aprovada na Câmara e agora segue para o Senado e iremos apresentar aos senadores a realidade das contas públicas, a capacidade do governo de suportar um aumento no reajuste e esperamos que eles [os senadores] possam rever essa situação”, declarou Padilha logo após ter se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.

Segundo o ministro, o fim do fator previdenciário poderá gerar um impacto orçamentário anual de cerca de R$ 4 bilhões. Padilha lembrou que, após negociar com as centrais sindicais um aumento de 6,14%, o governo sinalizou com a possibilidade de conceder até 7% de reajuste, “o máximo que poderíamos suportar”.

Embora acredite que os senadores vão modificar o resultado da votação na Câmara, Padilha afirmou que, se necessário, o próprio presidente poderá vetar o aumento, assumindo o desgaste político a fim de evitar o prejuízo nas contas da Previdência Social.

“Há um clima eleitoral que contamina os deputados e senadores”, afirmou Padilha. “Mas o governo não vai se contaminar por este clima. O presidente não vai fazer como outros governos já fizeram e permitir qualquer irresponsabilidade com as contas públicas”, concluiu o ministro.
Da Agência Brasil